USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL GENERATIVA NA INICIAÇÃO CIENTÍFICA : UM EXERCÍCIO DE DESIGN ESPECULATIVO
|
|
|
MATHEUS PETRONI BRAZ |
https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/41322 |
A aplicação de ferramentas de Inteligência Artificial Generativa (GenAI) está transformando diversos setores da sociedade, incluindo a ciência. Essas ferramentas já se mostraram úteis em tarefas como busca de referências bibliográficas, escrita acadêmica, formatação de projetos, traduções precisas e análise de dados. Até mesmo a geração de novas perspectivas e hipóteses de pesquisa é possível se feita com alguma cautela. No entanto, apesar das expectativas promissoras, existem muitos desafios associados ao seu uso, especialmente para jovens pesquisadores em início de carreira. Buscando centralizar a comunidade acadêmica nesse debate, esta pesquisa identificou as principais expectativas e preocupações de estudantes universitários engajados em projetos de Iniciação Científica e professores orientadores quanto ao uso da GenAI em pesquisas acadêmicas. A combinação de entrevistas semiestruturadas com o uso de artefatos de Design Especulativo revelou que, embora haja um reconhecimento inegável do avanço dessa tecnologia e de seu uso efetivo para tarefas mais rotineiras de projetos, como coleta de dados, busca de referências bibliográficas e suporte à escrita, tanto estudantes quanto professores recusam que seu estágio atual de desenvolvimento permita um uso mais amplo em aplicações científicas. Preocupações especiais são levantadas quanto ao seu impacto no mercado de trabalho, ao desenvolvimento do pensamento crítico e original, à confiabilidade dos dados obtidos e a questões de direitos autorais. Há uma resistência ainda maior a esse uso entre estudantes do que entre professores. Os resultados demonstram a necessidade de novas estratégias de ensino em ciências, que incluam o uso dessa tecnologia de forma a enfatizar a necessidade de supervisão, verificação de resultados e considerações éticas, mantendo a importância do pensamento crítico e das relações interpessoais no desenvolvimento científico.
|
2024 |
|
|
|
Seria bem interessante ver uma imagem dos arquivos de maneira prévia na página inicial. |
|
|
Regulação da Inteligência Artifical na Saúde
|
|
|
Daniel de Araújo Dourado |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-23042024-111255/pt-br.php |
A Inteligência Artificial (IA) é um ponto de virada na trajetória histórica da humanidade, despertando interesse e preocupação crescentes. Na área da saúde, a IA promete induzir transformações profundas, alterando práticas e estruturas dos sistemas de saúde. A integração efetiva da IA na saúde requer um marco regulatório específico. Esta tese tem o objetivo de estabelecer um paradigma geral para a regulação da IA na saúde, baseando-se em fundamentos éticos e jurídicos e em diretrizes regulatórias. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, utilizando abordagem teórica e empírica, fundamentada em uma revisão não sistemática da literatura global e na análise de propostas políticas e normativas de países e organizações internacionais. Primeiramente, o estudo identifica os conceitos básicos de IA, com foco em aprendizado de máquina (machine learning), abordando sua evolução histórica e o panorama atual na área da saúde. Evidencia-se que as diversas aplicações da IA na saúde compartilham características elementares e desafios, demonstrando que existem pontos comuns e suficientemente delimitados que justificam o reconhecimento da IA como objeto específico da regulação em saúde. A partir desse reconhecimento, são identificados e analisados fundamentos éticos e jurídicos para estruturar a regulação da IA na saúde, contemplando elementos de: direito à saúde; ética em IA; direitos humanos; princípios éticos próprios da IA na saúde; e governança de dados de saúde. Com base nesses fundamentos, a tese propõe diretrizes regulatórias para a IA na saúde em três dimensões: 1) segurança e eficácia; 2) transparência; e 3) responsabilidade. Em termos de segurança e eficácia, enfatiza-se a necessidade de admitir os sistemas de IA na categoria regulatória software como dispositivo médico (SaMD). Portanto, esses sistemas devem ser avaliados pelos padrões estabelecidos por entidades internacionais, mas acrescidos de dois aspectos essenciais: monitoramento contínuo de mudanças e eliminação de vieses para promover equidade. A transparência exige acesso a informações que fundamentam as decisões de sistemas de IA, priorizando a clareza sobre os contextos de desenvolvimento e implementação dos modelos, e deve ser expressa por meio de documentação padronizada. No que diz respeito à transparência dos modelos, é necessário instituir tratamentos regulatórios distintos para sistemas de IA interpretável e de IA explicável. Na dimensão da responsabilidade, são exploradas limitações dos atuais sistemas de responsabilidade civil para lidar com a IA e possíveis abordagens para solucionar essa questão jurídica. Em seguida, analisam-se as atuais propostas de adaptação das regras de responsabilidade civil para contemplar produtos baseados em IA. Por fim, são abordadas tendências emergentes que devem influenciar a regulação da IA na saúde, incluindo: o papel das legislações horizontais e da abordagem regulatória setorial; a perspectiva da estratégia regulatória baseada em ambientes de testagem (sandboxes); a necessidade e a complexidade de regular os modelos de fundação (foundation models) para uso na saúde. Conclui-se que os fundamentos analisados e as diretrizes propostas constituem uma base sólida para a elaboração de um paradigma regulatório robusto e abrangente para a IA na saúde. Espera-se contribuir para o debate em busca do avanço seguro, transparente e responsável desse campo em rápida expansão |
2024 |
|
|
|
Seria interessante deixar o campo Ano exibindo na biblioteca. Para que vejamos qual o ano da publicação da tese e dissertação. Sugestão feita pelo grupo: Hardware para IA |
|
|
Processo tributário e Inteligência Artificial
|
|
|
José Ildo de Souza Júnior |
https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/42427 |
Essa dissertação investiga a aplicação da inteligência artificial no processo tributário, seu impacto nos direitos fundamentais dos contribuintes e no equilíbrio da relação obrigacional tributária. A pesquisa analisa os riscos inerentes à utilização dessa tecnologia em lides tributárias, à luz do devido processo legal, notadamente no desempenho de função decisória. Os resultados apontam que o crescente emprego de ferramentas de inteligência artificial tem gerado maior celeridade no processo tributário quando aplicadas em atividades burocráticas, mas a atribuição de funções decisórias a robôs é cercada de riscos, por conta de vieses discriminatórios, falta de transparência dos sistemas algorítmicos e dificuldade em lidar com situações inéditas, podendo perpetuar injustiças contra os contribuintes. Conclui-se que, sendo a inovação tecnológica algo irrefreável, uma implementação minimamente segura da inteligência artificial no processo tributário exige a observância de princípios constitucionais tributários, devendo permitir transparência, previsibilidade, mecanismos de supervisão do processo de tomada de decisões, não discriminação e correção de vieses, proteção de dados, mitigação de riscos e reparação de possíveis danos. |
2024 |
|
|
|
|
|
|
PAISAGENS ALGORÍTMICAS: O USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA CRIAÇÃO POÉTICA
|
|
|
MATHEUS DA ROCHA MONTANARI |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-05032021-164200/pt-br.php |
Com o alastramento de uma lógica algorítmica, temos que levar em consideração esses elementos como agentes e constituintes da paisagem. Entendemos que a paisagem é muito mais do que um pano de fundo onde se dá a ação: ela é algo da ordem da ação, contemplando dimensões espaço-temporais que encapsulam uma série de elementos físicos, culturais, tecnológicos e estéticos. Seguindo esse direcionamento conceitual, discutimos algumas questões tecnossociais a respeito dos algoritmos de Inteligência Artificial, principalmente dos de previsão de rotas e dos filtros colaborativos. A partir de algumas definições, fazemos aproximações entre o algoritmo e o caminhar, apontando ambos como formas possíveis de habitar o mundo, explorando suas qualidades estéticas. Para isso, fazemos um levantamento de artistas e autores que trabalharam com esses assuntos. Como desdobramento prático desta pesquisa, apresentamos o desenvolvimento de um projeto artístico intitulado Paisagens Algorítmicas. O trabalho explora como usar sistemas de Inteligência Artificial de forma poética, com o objetivo de aproximar lugares geograficamente distantes através de uma série de operações. São três processos distintos, em que cada um alimenta o seguinte com seus resultados. O primeiro se trata de uma performance que culmina em uma caminhada algorítmica por duas cidades diferentes: Paris, França e Caxias do Sul, Brasil. Esta ação produz mais de 10.000 imagens que são utilizadas como conjunto dedados para a obra. A segunda parte consiste na análise dessas imagens por um software de aprendizado de máquina criado especialmente para este trabalho. Este software faz uma pesquisa reversa de imagens no conjunto de dados e encontra os locais mais semelhantes nas duas cidades distintas. A terceira parte do projeto consiste em várias operações poéticas nessas imagens, impressas em lâminas de acrílico, que são digitalizadas e se combinam em diferentes níveis de opacidade, gerando uma nova imagem do lugar intermediário. Com várias das imagens, criamos uma projeção mapeada em um prédio de uma terceira cidade, Belém, Pará. A projeção cria uma disrupção, que constrói uma nova camada da paisagem pela combinação de imagens projetadas e a própria imagem da cidade. Por fim, projetamos uma instalação interativa em que o foco da ação se dá na relação entre o caminhar e a paisagem.
|
2021 |
|
|
|
|
|
|
OS REFLEXOS DO USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA GESTÃO DE RISCOS NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS
|
|
|
FABIO MARTON |
https://adelpha-api.mackenzie.br/server/api/core/bitstreams/73d0dce9-0e63-4d6c-bbf4-998ab51d9a3e/content |
Com esta pesquisa procurou-se entender de que forma o uso de inteligência artificial (IA) pode influenciar no gerenciamento de riscos no transporte rodoviário de carga. Para tanto foram efetuados os seguintes objetivos específicos: 1) identificou-se as categorias de IA utilizadas; 2) identificou-se os atores envolvidos; 3) verificou-se como a IA pode auxiliar no controle e mitigação dos riscos de roubos e acidentes ocorridos no transporte rodoviário de cargas; 4) analisou-se os resultados oriundos do uso dessas ferramentas no controle e mitigação de riscos no transporte rodoviário de cargas. A pesquisa realizada foi do tipo exploratória e descritiva, por meio de uma abordagem qualitativa, inicialmente suportada por pesquisa bibliográfica que visou tanto entender o cenário nacional em relação aos problemas de segurança encontrados no transporte rodoviário, bem como conceituar gerenciamento de riscos e IA. Na coleta de dados no campo, foram entrevistados seis profissionais de quatro grupos distintos: o primeiro do ramo securitário, o segundo de profissionais da indústria relacionada à área de segurança de transporte cargas, o terceiro de empresas de desenvolvimento de hardwares e/ou softwares voltados para o gerenciamento de riscos do transporte rodoviário e o quarto de profissionais atuantes no gerenciamento de riscos do transporte rodoviário. Como resultado da pesquisa identificou-se o uso de inteligência artificial com a categoria de sistemas especialistas, categoria que está definida na literatura como “se, então”, assim como os entrevistados, que além de julgarem seu uso essencial no setor de gerenciamento de riscos no transporte rodoviário, também apontaram ganhos relativos à padronização de processos e à otimização nos tempos de respostas em casos de suspeitas de roubos e furtos, o que trouxe maximização do uso de mão de obra e maior competitividade para o setor. Ao final da pesquisa apresentam-se algumas expectativas de futuro dos entrevistados sobre o avanço da IA, o que explicita por partes dos entrevistados, o desejo de avançar com predição de riscos, permitindo tratá-los de maneira holística ao longo de toda a cadeia de suprimentos e não somente limitados a roubos e furtos. Por fim, foi investigado quais seriam as possíveis barreiras que poderiam retardar esta evolução, apontando neste caso o conservadorismo de mercado como a principal delas.
|
2023 |
|
|
|
Errata a outra opção para melhoria da visualização é que aumente a largura para não cortar os textos. |
|
|
O USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO STJ
|
|
|
Paulo Nicholas de Freitas Nunes |
https://repositorio.unb.br/handle/10482/46810 |
A dissertação avalia o impacto da adoção de iniciativas de inteligência artificial sobre indicadores de produtividade do STJ. Para isso, discutiu-se a adoção de mecanismos tecnológicos em processos legais, tanto do ponto de vista moral, teórico e filosófico como mais prático e operacional, buscando melhorias de produtividade. É realizado um estudo econométrico com modelos de painel. Há indícios que o uso de iniciativas de inteligência artificial contribui para a melhora dos indicadores de produtividade do STJ. No entanto, são necessários mais estudos para afirmar que seu efeito de iniciativas de inteligência artificial é, de fato, mais intenso nas Primeira e Segunda Seções do STJ, que tratam respectivamente de Direito Público e Direito Privado. |
2022 |
|
|
|
|
|
|
O uso de Inteligência Artificial no ensino de Contabilidade
|
|
|
Marcelo Cunha de Souza |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-24112014-190541/pt-br.php |
O cenário contábil brasileiro reflete as diversas transformações tecnológicas que a sociedade vem passando, como o aumento expressivo do comércio e dos serviços eletrônicos e o surgimento de moedas totalmente digitais, o bitcoin. Essa sociedade demanda um novo profissional contábil, na vanguarda da tecnologia, focado no negócio da empresa, participando da gestão e provendo informações úteis para a tomada de decisão. Preparar esse Contador é tarefa que certamente recai sobre as instituições de ensino. Essas instituições precisam adaptar seu currículo para uma realidade diferente daquela que existia quando os programas de contabilidade, do Brasil, foram criados. Nesse cenário foi realizada uma pesquisa visando a inserção de tecnologia baseada em inteligência artificial, o sistema ALEKS, no ensino de Contabilidade. A questão de pesquisa foi avaliar em que medida a tecnologia da educação, baseada em Inteligência Artificial, pode auxiliar na aquisição de habilidades técnicas necessárias ao estudante de Ciências Contábeis. Para tanto foi realizado um quase-experimento com os estudantes da disciplina de Contabilidade Introdutória do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis da Universidade de São Paulo, introduzindo o sistema ALEKS como ferramenta de suporte no ensino de Contabilidade básica. Apesar da adesão à pesquisa de 122 estudantes, somente 71 fizeram algum acesso ao sistema e apenas 16 estudantes utilizaram o sistema de forma satisfatória para que se pudesse captar algum benefício do uso do sistema. A hipótese nula foi mantida para os estudantes da turma T01 (p = 0,398, n = 8) do período diurno e para a turma T22 (p = 0,014, n = 5) do período noturno, tendo sido rejeitada para a turma T21 (p = 0,001, n = 3) do período noturno, significando que o sistema produz pequeno ou nenhum efeito sobre o desempenho dos estudantes na disciplina presencial. Grande destaque deve ser dado a baixa adesão dos estudantes ao uso do sistema. Uma pesquisa de adequação buscou capturar esse aspecto. Os estudantes elencaram a dificuldade com o idioma e com os termos técnicos, o não alinhamento do sistema com a disciplina presencial e a falta de tempo para realização de tarefas extraclasse como fatores impeditivos ou desmotivadores de acesso e uso do sistema ALEKS. Entende-se que a inserção de tecnologia baseada em inteligência artificial no ambiente educacional é positiva, devido a motivação incial e aos relatos dos estudantes com apoio a iniciativa. Essa inserção pode fomentar o processo educacional para estudantes, docentes e instituições. Um alinhamento do ALEKS à disciplina presencial certamente produziria resultados diferentes dos encontrados na presente pesquisa, permitindo maior confiabilidade aos achados. Mais pesquisas precisam ser produzidas no ambiente brasileiro, considerando não apenas os estudantes, mas considerando docentes, instituições e empresas. |
2014 |
|
|
|
|
|
|
O USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM PROCESSOS JUDICIAIS NO BRASIL: LIMITES ÉTICOS
|
|
|
TIAGO ALVES SERBETO FREITAS |
https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/31003 |
O presente trabalho tem por objetivo a construção teórica de uma crítica acerca das possibilidades de uso ético de tecnologias de inteligência artificial no contexto de processos judiciais. Assim, a pesquisa problematiza o uso da inteligência artificial na esfera forense e, para tanto, propõe uma revisão de literatura sustentada em três eixos temáticos, dos quais, ao longo do texto, foram colhidas as premissas do raciocínio conquistado nas considerações finais. O primeiro eixo temático diz respeito à conjuntura econômica que envolve o advento e o uso de novas tecnologias, bem como ao significado dessas tecnologias no contexto da produção capitalista e à possibilidade de ressignificação de dada inovação tecnológica. O segundo eixo temático nos traz questionamentos acerca da (im)possibilidade de materialização de uma cognição humana em um substrato não biológico. Por fim, o terceiro eixo temático, prolongamento do anterior, aborda a própria cognição humana e algumas visões acerca da formação e da terceirização da vontade. Assim, o trabalho tem como escopo estudar alguns aspectos da tomada de decisão, no âmbito processual, para que se possa projetar em que medida é possível e eticamente adequado o uso da inteligência artificial, sem comprometer a participação humana no processo decisório. A pesquisa conclui pela possibilidade de uso profícuo de tecnologias algorítmicas, no âmbito do Judiciário, como ferramenta auxiliar, em atividades desprovidas de conteúdo processual decisório. Por outro lado, pela contraindicação, nas dimensões técnica, normativa e ética, do uso de tais tecnologias como substitutivas ao trabalho humano.
|
2022 |
|
|
|
|
|
|
O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NAS CIÊNCIAS SOCIAIS: O CASO DO PATRIOTISMO DOS BRASILEIROS
|
|
|
TIAGO VIER |
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/213401 |
Este trabalho propõe a integração da inteligência artificial (IA) nas ciências sociais por meio de ferramentas de aprendizado de máquina. Para avaliar a utilidade desse ferramental para a ciência política, foi escolhido um tema clássico da área: o patriotismo. Em termos metodológicos, a tese explora uma forma de integrar as ferramentas de aprendizado de máquina no processo de produção do conhecimento em um momento indutivo, no qual auxilia o cientista a produzir hipóteses sobre o fenômeno estudado. No caso deste trabalho, usando dados das sete ondas da Pesquisa Mundial de Valores (WVS) para 114 países, coletados entre 1981 e 2019, o aprendizado de máquina permitiu gerar hipóteses explicativas sobre o fenômeno do patriotismo e sua expressão na forma de orgulho nacional. Entre essas hipóteses, figura a forte ligação com valores tradicionais, como a religião e a família, e a crença em formas de organização social sustentadas por instituições de natureza autoritária e hierárquica. A possibilidade de gerar hipóteses usando essas ferramentas é um resultado favorável à integração da IA nas ciências sociais. As dificuldades e os desafios relacionados ao tratamento dos dados e as inferências a partir de modelos preditivos apontam para a necessidade de constituição de equipes multidisciplinares para implementação de projetos de pesquisa mais ambiciosos.
|
2020 |
|
|
|
Adicionar um item relativo a data |
|
|
O impacto da inteligência artificial na aplicabilidade da transparência e anonimização na proteção de dados
|
|
|
Santanna, Mayara Bartaquini de |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/38252 |
O presente trabalho aborda a evolução da inteligência artificial (IA) desde as perspectivas iniciais de Alan Turing até os avanços atuais representados pelo Chat GPT. O Capítulo 1 oferece uma visão panorâmica desses desenvolvimentos. Exploramos os fundamentos da IA, incluindo os conceitos de inteligência artificial, aprendizado de máquina e redes neurais artificiais. No Capítulo 2, concentramo-nos na proteção de dados na era da IA, a destacando como um direito fundamental. Abordamos formas de tratamento de dados, revisão de decisões automatizadas e a importância da transparência algorítmica. O Capítulo 3 explora o papel crucial da anonimização na proteção de dados no contexto da IA. Discutimos os desafios e a ameaça da reidentificação, examinando os princípios fundamentais de proteção de dados em sistemas de IA, como finalidade, minimização e prestação de contas. Também realizamos uma análise crítica dos marcos legais de proteção de dados, GDPR e LGPD, destacando desafios regulatórios na integração da IA. Ao finalizar este trabalho, reconhecemos a necessidade contínua de transparência algorítmica e interpretabilidade na regulamentação da inteligência artificial, considerando o dinamismo tecnológico. O documento visa contribuir para a compreensão e discussão sobre a interseção entre inteligência artificial e proteção de dados.
|
2024 |
|
|
|
|
|
|